Doces do Brasil
Os doces do Brasil surgiram no período colonial, em especial a partir do século XVIII com a instalação em larga escala dos engenhos de açúcar no país.
Antes da instalação dos engenhos, as primeiras sobremesas legitimamente brasileiras foram as frutas tropicais, tais comomanga e carambola, regadas a mel. A banana com laranja foi a principal sobremesa durante o início do período colonial; podendo-se destacar ainda, nesta época, a goiabada, a cajuada, a bananada, a cocada, a tapioca e o merengue, sendo populares também a banana assada ou frita com canela.
A partir do advento do açúcar, surgiu a calda e, com ela, as compotas de frutas que eram descascadas e cozidas pelosescravos.2 Os religiosos portugueses mantiveram as receitas à base de ovo que preparavam em seu país de origem, mas acrescentando ingredientes brasileiros.2 Assim surgiram doces como quindim, papo-de-anjo, ambrosia,2 bom-bocado, manjar e pudim. A utilização dos ovos se dava devido ao fato de que Portugal foi o principal produtor da Europa entre os séculos XVIII e XIX.
A partir desse momento, em cada região do país foram se desenvolvendo receitas típicas de acordo com o alimento que era encontrado em abundância em cada lugar.2 Assim, o hábito de se comer determinados tipos de doce passou a fazer parte dos costumes locais, fazendo das sobremesas parte importante da culinária brasileira.
Nordeste
Polo da industria canavieira durante o período colonial, a Região Nordeste traz doces que variam entre feições africanas e portuguesas:
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Baba de moça;
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Beijinho;
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Cajuzinho;
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Canjica;
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Doce de caju;
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Tapioca;
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Rapadura;
Centro-Oeste
Os doces sofrem varias influências, especialmente dos indígenas:
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Doce de pequi;
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Melado de Tacho;
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Balas de Café;
Norte
Embora rica gastronicamente, não é famosa pelos seus doces, a maioria oriundos da culinária portuguesa. Podemos destacar, entretanto, os seguintes doces:
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Bala de Maná Cubiu com Mangarataia;
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Doce de Buriti;
Sudeste
O brigadeiro foi criado por partidários da candidatura presidencial de Eduardo Gomes.
Abrigando a mais famosa culinário do país, a mineira, a região sudeste é berço de inúmeros doces, como por exemplo:
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Brigadeiro: Uma história popularizada sobretudo a partir dos anos 1980 afirma que o nome seria uma uma homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes, liberal, de físico avantajado e boa aparência. Nos anos de 1946 e 1950, o militar se candidatou à presidência da República pela UDN. O candidato conquistou um grupo de fãs do Pacaembu, bairro de São Paulo, que organizaram festas para promover sua candidatura. O doce teria sido criado durante a primeira campanha do candidato à presidência, pela conservadora UDN, logo após a queda de Getúlio Vargas.
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Chuvisco: doce tradicional de Campos dos Goytacazes.
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Paçoca de Amendoim: muito popular em São Paulo, especialmente na Região do Vale do Paraíba, é típica das festas da Semana Santa e junina.
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Pé-de-moleque: A origem do nome é curiosa: segundo a tradição popular, as doceiras colocavam o doce na sacada das janelas para esfriar e os "moleques" viam e comiam o doce escondidos. Ao se darem conta, elas gritavam: Pede, moleque!. Outra versão popular é a de que o doce é uma referência ao calçamento de pedras, típico das cidades históricas de Minas Gerais.
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Cural: típica das Festas Juninas.
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Açai: doce muito popular entre os jovens paulistas, diverge dos pratos do Norte, pois, nesta versão, é doce e servido gelado. Também é matéria-prima para sorvetes.
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Doce de Abóbora com Coco: muito popular no Rio de Janeiro.
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Pamonha: típica do interior paulista, com destaque para as famosas Pamonhas de Piracicaba.
Sul
Fortemente influenciado pelos imigrantes europeus, em especial os alemães e italianos
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Pão de Cuca: Típica dos Gaúchos.
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Doce de Pinhão: Doce do Paraná.
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Torta de Maça Alemã: Trazida pelos alemas e também chama de apfelstrudei.